domingo, 10 de fevereiro de 2008

Sobrio e não Sobrio - Há quanto tempo sabemos?

Há quanto tempo sabemos, os dois, que choramos, um para um lado, o outro para o outro? Há muito que nos mentimos, um a sí próprio, o outro tambem. Assim mentimo-nos a nós próprios, chiu, que não o contamos a ninguém, muito menos a nós próprios. Chiu !Há quanto tempo?, chiu..., há quanto tempo pedimos tempo para nós próprios, a Tí, a mim..., a nós, que escondemos o que vai na alma, no coração, na alma não, que na alma acabava por ser pensado e algo mastigado entre pensamentos mais ou menos vividos no quotidiano, isso não, apenas escondidos no coração, esses sentimentos vivos que fazem morrer outros, ..., sentimentos.Juro, juro que me doi, no centro de mim, no sítio onde quando nervoso fico, me aperta, sim, nesse sítio que me sufoca quando inquieto estou. É aí que me doi, é ai que os sentimentos vivem, os puros e os pouco pensados, é aí que moram os sentimentos vivos, que matam outros.Díficil é saber porque uns coexistem, os vivos, com outros quase moribundos, não entendo ?Ser humano, é ser imperfeito. Deve ser isso que nos torna irrasciveis, ao fim ao cabo tão imprevisiveis, quanto inversamente.Oiço Sufjan Stevens, como se isso fosse importante, não sei se por ter estado a ver um bocado do “Amar em Nova Iorque” é razão suficiente para falar disto, por um lado notas calmas e descontraidas, demasiado, por outro, um filme tão naif e lamechas, como um sonho óptimo de realizar, ser rico e excêntrico e ainda ter uma história trágica para contar ao fim, claro está com uma banda sonora adequada, já agora, pode ser Sufjan Stevens ?O que mais queria era páz, ou pelo menos um jornal lido num café com vistas para o mar, bem inquieto, de preferência, ah, e já agora muito frio, que cá dentro, quer dizer, dentro do estabelecimento queria um quentinho ar apaziguador com as intempéries externas, era só isso que eu queria, já nada mais pedia assim de repente. Chegava para ter uma meia hora de sossego, para não poder pensar, para não sentir o peito apertar e deixar de sentir a inevitabilidade irritante que me recuso a viver, desculpa, que nos recusamos a viver. Estou certo? Quem me dera estar longe da verdade, a mil passos dela!

Escrito por Xeltox


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