terça-feira, 27 de novembro de 2007

O homem que não queria ser herói

ep3

Enquanto aquela menina loira ocidental, e linda, com um olho azul e outro verde, preparava o pedido especial, Chirigumi olhava em seu redor, observando atentamente cada pessoa, cada singularidade no café. Com o ombro direito em cima do balcão, aguardava a chegada deles, via aqueles homens, de idade avançada um deles tinha barba e cabelo branco, o outro muito enrugado com barba branca e uma boina castanha, jogavam um jogo que Chirigumi não compreendia, tinham, cavalos e torres, reis…e a voz dos homens ia cada vez ficando mais forte, e a imagem cada vez menos nítida, Chirigumi olha para a outra ponta do café, lá mesmo ao fundo, perto das casas de banho, vê um garoto reguila, salta e grita, grita tão alto que Chirigumi leva as mãos aos ouvidos, começa desesperado a olhar para todo o lado, virando o pescoço em movimentos rápido e repetitivos, as vozes eram cada vez mais altas, e á sua volta apenas e somente sombras, a descer aquelas três escadas a pique vinham mais umas cinco ou seis sombras negras, sem forma definida e falavam uma língua imperceptível a Chirigumi, este, deixa o sitio onde se encontra, olhando de relance para o balcão vê uma luz brilhante que o ilumina, Chirigumi com a força dessa luz consegue sair do café, no seu jeito de pinguim, arrastando-se pelas escadas, para as conseguir subir, até que chega a rua, não há sol, não há lua, não tempo, nem pessoas, não há carros, nem casas, tudo se havia transformado em sombras, num ambiente apocalíptico, e aquelas sombras que andavam, e que o rodeavam eram agora cada vez mais, Chirigumi tenta andar o mais depressa possível, mas ao fim de três passos cai, levanta-se repentinamente, dá mais três passos e cai, e já quase sem força, volta a erguer-se, as sombras, que pareciam querer arrancar-lhe alma, estavam cada vez mais perto, haviam formado uma roda sobre ele, Chirigumi, dá três vagarosos passos, próprios de quem já não lhe resta alma, e volta a cair redondo no chão, as sombras estão sobre ele, Chirigumi vira-se de barriga para cima, para observar o céu, mas não o vê, apenas uma sombra negra, que se confunde com todas as outras que o rodeiam, é o fim pensa Chirigumi…


Gangster Americano

Gangster Americano é o último filme de Ridley Scott, e conta com a presença de dois magníficos actores, Denzel Washington e Russell Crowe. O primeiro é Frank Lucas, o motorista de um dos principais chefes da máfia, e seu principal aluno, mas quando o patrão e professor de Frank Lucas morre, deixa-lhe a porta aberta e grandes ensinamentos, este aproveitado essas facilidades entra no crime organizado, traficando droga mais pura que a do mercado já existente e a um preço mais barato, arrasando com a concorrência e ganhando muitos inimigos. Do outro lado da lei está Russell Crowe que interpreta o papel do Richie Roberts um policia que fica marginalizado pelos seu colegas após ter entregue uma grande quantia de dinheiro que provinha do suborno de policias, e ainda mais quando perde o seu parceiro devido a uma morte por overdose, ficando assim sem ninguém com quem trabalhar.Com o aumento do crime, e do tráfico provindo e incentivado por Frank Lucas, eis que são criadas unidades especiais de combate ao crime organizado, Richie vai liderar uma dessas unidades, entrando num duelo com Frank Lucas. O filme que tem um enredo engraçado acaba por ser perder em clichés do “padrinho” e do “traffic” nunca se conseguindo soltar dessas amarras, é um filme que até pelo tamanho merecia e deveria ter outra magia, até pelo tamanho, perde-se em pormenores nunca dando o salto para grande filme. E esperando o que se espera de tão bons actores e um realizador deste calibre Gangster Americano é um filme sem alma, que ao fim de tanto tempo a olhar para o ecran deixa-nos no fim com um vazio amargo e desgostoso.








sábado, 24 de novembro de 2007

Sobrio e não Sobrio

A verdade é que a felicidade,
Não existe em si.
É apenas uma felicidade
Criada por mim.

E a tristeza presente?!
É água, rio e mar iminente…








quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O homem que não queria ser herói

Ep2

Chirigumi após diálogo de tamanha importância, fica perplexo em frente ao espelho, observado, por entre os seus óculos rectangulares de massa pretos e grossos, a sua cara marcadamente oriental, cabelo largo e preto, descaído um pouco para a frente dos olhos.
Apesar de todas as características japonesas, Chirigumi vestia-se da maneira muito ocidental, usava um fato todo a condizer, calças pretas, casaco preto, um pouco fora de moda, fato este que lhe fazia companhia desde sempre e uma camisa branca que sempre se lha havia conhecido.
Chirigumi, abre lentamente a porta do quarto, e dirige-se, no seu andar a pinguim com os braços e pernas abertas em diâmetro matematicamente correcto, para a primeira porta daquela grande casa que se encontrava logo no primeira hall de entrada, o hall desprovido de mobílias, apenas a realçar aquela grande porta de carvalho que levava ao mudo exterior. Mas ao fim de três vagarosos passos, Chirigumi cai redondo no chão, mas, sem se intimidar, levanta-se, e no seu jeito a pinguim continua a passada até a porta de saída. Já em frente a porta, abre-a lentamente, olhando para todo o lado, certificando-se que não era visto por ninguém.
Ao sair de casa, avistam-se de imediato grandes prédios, casas, ciclistas, imensa gente e imenso movimento, era mais do que certo que se encontrava no centro de Tokyo.
Chirigumi um pouco amedrontado hesita, olha para todo o lado, mas prossegue, e no seu jeito a pinguim, lá deu mais três vagarosos passos até voltar a cair redondo no chão, levantou-se e mais três passos foram dados até cair no chão, ainda não tinha descido a baixa, e Chirigumi já pensava em desistir, estava mais que visto que uma força maior não o queria deixar cumprir a sua missão, e, enquanto este pensamento se torna claro na sua cabeça, eis que lhe vem a memoria o diálogo que tinha tido em frente ao seu espelho, respirou fundo, pensou que desta vez conseguiria chegar ao seu destino sem percalços, deu um passo, deu dois e…ao terceiro, volta a cair redondo no chão.
O sofrimento de Chirigumi prosseguiu até que chegou ao café, ele sabia que seria ali o local onde tudo se iria passar, ele sabia que estando ali iria enfrentar a maior batalha da sua vida, abriu a porta, desceu as três escadas de madeira a pique que levavam ao interior do café, caindo redondo no chão do café, mesmo em frente de toda a gente, não se intimidando, levantou-se, dirigiu-se ao balcão, onde uma menina loira, e ocidental, com um olho verde e outro azul o atendeu.
-Em que posso servi-lo senhor? – Perguntou aquela menina misteriosa.
-Quero uma meia de leite, um café, um descafeinado, não muito quentes, nem muito frios, não com muito açúcar nem pouco só mais ou menos.
A menina loira virou-se para ir preparar o pedido de Chirigumi, e este, nesse exacto momento sentiu toda a fúria dentro de si, era certo, o perigo aproximava-se, eles tinham chegado…


ep2




quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Sobrio e não Sobrio

Que ódio enfurecido se debate na alma dos errantes,
São raivas contidas de toda a dor dos amantes,
Que fanáticos me diluem em águas negras e puras,
São homens, são bombas, crenças prestes a rebentar,
Numa vida de ilusão que se averigua triste,
No mundo de desilusão que observa e obceca uma deprimente alma,
Um decadente corpo, ansiando pela maldita e tão bem vida morte.
Sendo assim nada mais que um mero espectro da vida mundana.
Que ódio enfurecido se debate dentro de mim,
São raivas contidas de toda a dor de te amar,
Que fanáticos me iludem em palavras negras e sujas,
São homens, são bombas, prestes a suicidar,
Numa vida de ilusão que se averigua…
No mundo de desilusão petrolifica,
Uma decadente sociedade, ansiando pelo maldito e tão bem vindo apocalipse,
Sendo assim nada mais que um mero espelho de toda a minha alma…
Triste,
Negra,
Isolada.


quarta-feira, 14 de novembro de 2007

O homem que não queria ser herói

Ep1

Estava sentado na cama de pernas para o ar, não se sabe porque é que Chirigumi fazia aquilo, mas o que é certo é que ele se aguentava horas a fio naquela posição sem se mexer um milímetro. Treino que só era quebrado por um berro anti-natura daquele silêncio calmo, proferido pela mãe de Chirigumi.
-Chirigumi vai fazer a tua cama – berrava a mãe de Chirigumi com toda a sua força por entre a porta do quarto.
Chirigumi levanta-se daquela sua posição, fica uns cinco minutos a olhar para a cama, sem fazer qualquer movimento, até que num despertar raivoso, baixa-se, mete a mão debaixo da cama, e retira um saco cama, enrola-o e, mete-o dentro do guarda-fatos.
Chirigumi dirige-se para o espelho que tem em frente do lado direito da porta de saída do quarto, porta essa que mal se abria, ninguém entrava no seu quarto e das poucas vezes que aquela porta se abria era quando Chirigumi entrava ou saia, o que raro, uma vez que Chirigumi pouco saia do quarto.
Chirigumi em frente ao seu espelho trava o diálogo da sua vida.
-Eu não quero ser um Super Herói – Gritava desesperantemente e em soluços de choro Chirigumi.
-Mas tens de ser, tu tens uma missão especial…


Notícias - Forward Magazine

A Forward Magazine, dão em primeira mão a noticia de que este blog como o próprio nome indica é uma revista, logo como tal, vamos começar a apresentar projectos novos, como a magnifica série de o homem que não queria ser herói, que a Frorward Magazine se orgulha de publicar em primeira mão um episodio todas as quartas-feiras. Devido as imensas cartas, que temos recebido aqui na redacção, deixamos já a noticia que outros dias dedicados aos mais variados temas serão escolhidos a dedo para a publicação dos mesmos.