quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

O homem que não queria ser herói

ep8

Após dizer isto, levanta-se daquela sua estranha posição, e dirige-se de imediato para o espelho que parecia chamar por ele.
- Eu não quero ser um super herói! – Gritava desesperantemente e em soluços de choro.
- Mas tens de ser, tu tens uma missão especial.
Após este diálogo retoma a sua caminha, abre a porta que está logo ao lado do espelho, e encaminha-se para a porta de saída, de três em três passos a pinguim, sempre a cair, lá consegue chegar a rua.
Tokyo continuava igualmente movimentada, Chirigumi volta a hesitar, mas lembrando-se da conversa que havia tido em frente ao espelho prossegue a marcha.
Chegando ao café, avistando as escadas a pique, Chirigumi avista também logo no seu olhar, aquela linda e esbelta menina loira. Desces as três escadas, espalhando-se no chão do café. Levanta-se de imediato, e vai logo ao balcão onde aquela menina nova e com um olho azul e outro verde o atende de imediato.
- Em que posso servi-lo senhor? – Perguntou aquela misteriosa menina com uma voz doce, tão doce que pareça envolver Chirigumi em sensações desconhecidas.
-Quero uma meia de leite, um café, um descafeinado, não muito quentes, nem muito frios, não com muito açúcar nem pouco só mais ou menos.
A menina virou-se para ir preparar o pedido especial de Chirigumi, quando este começou a sentir aquela força maquiavélica a sua volta, começou a sentir toda a fúria a crescer dentro dele. Olhou a sua volta, na mesa do café estavam os mesmos velhos a jogar o mesmo jogo, sentados na mesma mesa, a falar aquela mesma língua de sempre, posto isto olhou para as casas de banho e não viu o garoto, apenas uma mulher japonesa de vinte e poucos anos, com um lindo vestido vermelho, um cabelo preto comprido, e uma cara de boneca de porcelana, tão hipnotizaste como aterradora, assaltava o olhar de Chirigumi.
Tudo a sua volta já se havia formado em sombras, menos ela, menos aquele vestido vermelho, menos aquela cara branca como a cal, menos aqueles lindos olhos cor de avelã.
Chirigumi havia-se esquecido das sombras, dos medos, de tudo, e…quando despertou, estava já completamente rodeado por aquelas sombras negras sem forma definida.
Despegou o olhar da rapariga de vestido vermelho, olhou para o balcão, onde uma luz amarela muito forte parecia iluminar-lhe o caminho. Chirigumi começou a andar o mais rápido que podia, no seu jeito a pinguim, deu um passo, deu dois, deus três, deu quatro, cinco, começou a subir as escadas e saiu do café sem cair.
Chirigumi estava assustado consigo próprio, mas continuou a andar naquele ritmo acelerado. Tokyo não era mais que um conjunto de sombras.
Chirigumi acelerou tanto que a meio do caminho já ia a correr, já havia deixado o seu jeito a pinguim, e corria como um verdadeiro atleta.
Chegou a casa, abriu a porta, verificou se não havia ninguém, e foi para o quarto, passou o espelho que desta feita não era mais que uma mera sombra, apalpou até encontrar o guarda-fatos, onde apenas viu uma luz verde a brilhar, pegou nela, apalpou tudo até chegar encontrar a cama, foi para debaixo dela, meteu-se dentro da luz verde, cobrindo-se até ao nariz, pegou na lanterna, meteu ao pé nariz, apontada para cima e ali ficou, não a pensar nas sombras, nem como havia conseguido correr. O único pensamento de Chirigumi era direccionado para aquela linda rapariga de vestido vermelho.


quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

O homem que não queria ser herói

ep7

Debaixo da cama, enfiando naquele saco de cama verde, com uma lanterna tipo pilha a iluminar o indispensável. Chiriguimi espera ansiosamente pelo nascer do sol.
O quarto pacificamente silencioso. Talvez demasiado silencioso. Mesmo ao gosto de Chiriguimi.
Silêncio que só é quebrado pelo berro anti-natura da mãe de Chiriguimi:
- Chiriguimi vai fazer a tua cama!!!
Chiriguimi levanta-se num ápice, fica expectante durante uns segundos, até que repentinamente tira o saco de cama debaixo da cama, embrulha-o e mete-o dentro do guarda-fatos. Dirigir-se para a sua cama, deita-se em cima da mesma, com as pernas voltadas para o ar. Fecha os olhos e retoricamente comenta numa voz bem baixinha:
- Quando fecho os meus olhos, vejo rios de sangue a passar entre eles.



sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Sobrio e não Sobrio - Odeio-te

A tristeza invade o meu espírito de forma tão pura,
Que faz da minha alma uma lanterna da dor,
Tão brilhante que ela é, tão ofendida que ela se sente,
O meu todo, eu!
Esse todo que te odeia por seres feia.
Que te odeia por não rires,
Que te odeia por não saberes amar,
Que te odeia por não saberes sorrir,
Que te odeia só porque te odeia.
E que faz de ti a lua que desejo matar,
Mas matar lentamente, fazer-te sofrer, de forma calma e pacifica,
Talvez matar-te com beijos venenosos,
Sim! Quero encher os meus lábios de veneno e beijar-te.
Por todos os ódios que tenho de ti, e que são tantos que não consigo mencionar,
E é este ódio que me faz dizer todas estas mentiras sobre ti e sobre o que por ti sinto.
Mas sim! Odeio-te.


quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

O homem que não queria ser herói

ep 6


Chirigumi abria os olhos, agora sim abria os olhos! Um sol radioso e brilhante o ofuscava, deixando-o um tempo sem conseguir ver nada de concreto apenas uma nuvem branca. Chirigumi ficou algum tempo a adaptar-se ao novo modo de luz, um céu límpido e azul entrava-lhe pela retina a dentro.
- Que havia acontecido? – perguntava retoricamente Chirigumi a si próprio.
Chirigumi levanta-se e fica um instante de pé a olhar a sua volta, luzes e mais luzes, carros e mais carros, pessoas a moverem-se de um lado para o outro a moverem-se como loucas, e aquele chinfrim de bicicletas?! Que insanidade?!
Chirigumi sentia-se afrontado, sentia-se mais afrontado que nunca, começa a correr, decide fugir. Mas ao final de três vagarosos passos, cai redondo no chão que nem um bola de Berlim. Levanta-se tão rápido quanto o rápido que caiu, era o medo que o impulsionava. De três em três passos, sempre a cair redondo no chão, Chirigumi lá conseguiu chegar ao seu humilde lar. Era uma casa tipicamente Japonesa, com aqueles telhados inclinados, com aquelas portas de madeira. Abre lentamente a porta, olha para todo o lado para averiguar que não é visto por ninguém, após verificar que o caminho está seguro dirige-se para o seu quarto, mas ao final de três passos cai redondo no chão, Chirigumi como sempre volta a levantar-se e continua a caminhada, abre a porta do quarto, o espelho que agora se encontrava ao seu lado esquerdo parece querer falar com ele, Chirigumi ignora-o. Dirige-se imediatamente ao armário, que tem ao lado da cama, abre freneticamente aquela porta de madeira castanha escura, retira o saco cama verde dentro daquele imponente armário rectangular, com duas portas rectangulares e por cima duas portas quadrangulares, e enfia-se debaixo da cama, onde sossegadamente espera por ele uma lanterna. Chirigumi naquele quarto vazio de luz, enfia-se no saco cama e liga a sua pequena lanterna, tipo pilha.
- Porque tendes de vir atrás de mim? Não vos quero voltar a ver, não quero! Não quero! Não quero! Tenho medo de vocês medo! Porque me fazeis sair de casa?!





terça-feira, 4 de dezembro de 2007

O homem que não queria ser herói

ep5

Aquele número encheu-lhe a alma de vida, sentia de novo a força a voltar para ele, abriu os olhos e não viu formas negras, nem ouviu aquela língua imperceptível, nem sequer viu o céu. Apenas uma borboleta preta a bater as suas asas, numa força tridimensional, libertado aqueles lindos raios de cor verde, laranja, vermelho, roxo.
Aqueles raio que em forma de espiral faziam tudo desaparecer, um vento tão forte agitava as sombras, que tornado!
Chirigumi sentia agora toda a sua alma a revitalizar, sentia ser capaz de derrotar as sombras, sentia ser capaz de vencer tudo e todos, sentia-se capaz de se levantar e ser o herói…



segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

O homem que não queria ser herói

ep4

Chirigumi virando de barriga para cima, com os braços esticados e encostados ao corpo, rodeado de todas aquelas formas negras sem forma, que se confundiam com o negro do céu, Chirigumi já a espera da sua partida, vai fechando os olhos a pouco e pouco, e quando os fecha por completo, eis que lhe surge na cabeça o 0,506127….


domingo, 2 de dezembro de 2007

Notícias - Forward Magazine


A Forward Magazine dá em primeira-mão, a notícia que brevemente sairá uma nova rubrica chamada “tertúlia cor-de-qualquer-coisa” que trará grandes notícias exclusivas e de interesse público.
Mas para além desta magnifica rubrica temos ainda em exclusivo que na segunda-feira dia 3 de Dezembro, sairá em edição especialíssima, o 4º episódio da série que bate recordes de audiências, “O homem que não queria ser herói”.
E para terminar as nossas notícias Forward Magazine, deixamo-vos com a informação que as JGProduction procuram colaboradores para novas rubricas, na esperança que sangue novo ajude a Forward Magazine a continuar na liderança das audiências.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

O homem que não queria ser herói

ep3

Enquanto aquela menina loira ocidental, e linda, com um olho azul e outro verde, preparava o pedido especial, Chirigumi olhava em seu redor, observando atentamente cada pessoa, cada singularidade no café. Com o ombro direito em cima do balcão, aguardava a chegada deles, via aqueles homens, de idade avançada um deles tinha barba e cabelo branco, o outro muito enrugado com barba branca e uma boina castanha, jogavam um jogo que Chirigumi não compreendia, tinham, cavalos e torres, reis…e a voz dos homens ia cada vez ficando mais forte, e a imagem cada vez menos nítida, Chirigumi olha para a outra ponta do café, lá mesmo ao fundo, perto das casas de banho, vê um garoto reguila, salta e grita, grita tão alto que Chirigumi leva as mãos aos ouvidos, começa desesperado a olhar para todo o lado, virando o pescoço em movimentos rápido e repetitivos, as vozes eram cada vez mais altas, e á sua volta apenas e somente sombras, a descer aquelas três escadas a pique vinham mais umas cinco ou seis sombras negras, sem forma definida e falavam uma língua imperceptível a Chirigumi, este, deixa o sitio onde se encontra, olhando de relance para o balcão vê uma luz brilhante que o ilumina, Chirigumi com a força dessa luz consegue sair do café, no seu jeito de pinguim, arrastando-se pelas escadas, para as conseguir subir, até que chega a rua, não há sol, não há lua, não tempo, nem pessoas, não há carros, nem casas, tudo se havia transformado em sombras, num ambiente apocalíptico, e aquelas sombras que andavam, e que o rodeavam eram agora cada vez mais, Chirigumi tenta andar o mais depressa possível, mas ao fim de três passos cai, levanta-se repentinamente, dá mais três passos e cai, e já quase sem força, volta a erguer-se, as sombras, que pareciam querer arrancar-lhe alma, estavam cada vez mais perto, haviam formado uma roda sobre ele, Chirigumi, dá três vagarosos passos, próprios de quem já não lhe resta alma, e volta a cair redondo no chão, as sombras estão sobre ele, Chirigumi vira-se de barriga para cima, para observar o céu, mas não o vê, apenas uma sombra negra, que se confunde com todas as outras que o rodeiam, é o fim pensa Chirigumi…


Gangster Americano

Gangster Americano é o último filme de Ridley Scott, e conta com a presença de dois magníficos actores, Denzel Washington e Russell Crowe. O primeiro é Frank Lucas, o motorista de um dos principais chefes da máfia, e seu principal aluno, mas quando o patrão e professor de Frank Lucas morre, deixa-lhe a porta aberta e grandes ensinamentos, este aproveitado essas facilidades entra no crime organizado, traficando droga mais pura que a do mercado já existente e a um preço mais barato, arrasando com a concorrência e ganhando muitos inimigos. Do outro lado da lei está Russell Crowe que interpreta o papel do Richie Roberts um policia que fica marginalizado pelos seu colegas após ter entregue uma grande quantia de dinheiro que provinha do suborno de policias, e ainda mais quando perde o seu parceiro devido a uma morte por overdose, ficando assim sem ninguém com quem trabalhar.Com o aumento do crime, e do tráfico provindo e incentivado por Frank Lucas, eis que são criadas unidades especiais de combate ao crime organizado, Richie vai liderar uma dessas unidades, entrando num duelo com Frank Lucas. O filme que tem um enredo engraçado acaba por ser perder em clichés do “padrinho” e do “traffic” nunca se conseguindo soltar dessas amarras, é um filme que até pelo tamanho merecia e deveria ter outra magia, até pelo tamanho, perde-se em pormenores nunca dando o salto para grande filme. E esperando o que se espera de tão bons actores e um realizador deste calibre Gangster Americano é um filme sem alma, que ao fim de tanto tempo a olhar para o ecran deixa-nos no fim com um vazio amargo e desgostoso.








sábado, 24 de novembro de 2007

Sobrio e não Sobrio

A verdade é que a felicidade,
Não existe em si.
É apenas uma felicidade
Criada por mim.

E a tristeza presente?!
É água, rio e mar iminente…








quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O homem que não queria ser herói

Ep2

Chirigumi após diálogo de tamanha importância, fica perplexo em frente ao espelho, observado, por entre os seus óculos rectangulares de massa pretos e grossos, a sua cara marcadamente oriental, cabelo largo e preto, descaído um pouco para a frente dos olhos.
Apesar de todas as características japonesas, Chirigumi vestia-se da maneira muito ocidental, usava um fato todo a condizer, calças pretas, casaco preto, um pouco fora de moda, fato este que lhe fazia companhia desde sempre e uma camisa branca que sempre se lha havia conhecido.
Chirigumi, abre lentamente a porta do quarto, e dirige-se, no seu andar a pinguim com os braços e pernas abertas em diâmetro matematicamente correcto, para a primeira porta daquela grande casa que se encontrava logo no primeira hall de entrada, o hall desprovido de mobílias, apenas a realçar aquela grande porta de carvalho que levava ao mudo exterior. Mas ao fim de três vagarosos passos, Chirigumi cai redondo no chão, mas, sem se intimidar, levanta-se, e no seu jeito a pinguim continua a passada até a porta de saída. Já em frente a porta, abre-a lentamente, olhando para todo o lado, certificando-se que não era visto por ninguém.
Ao sair de casa, avistam-se de imediato grandes prédios, casas, ciclistas, imensa gente e imenso movimento, era mais do que certo que se encontrava no centro de Tokyo.
Chirigumi um pouco amedrontado hesita, olha para todo o lado, mas prossegue, e no seu jeito a pinguim, lá deu mais três vagarosos passos até voltar a cair redondo no chão, levantou-se e mais três passos foram dados até cair no chão, ainda não tinha descido a baixa, e Chirigumi já pensava em desistir, estava mais que visto que uma força maior não o queria deixar cumprir a sua missão, e, enquanto este pensamento se torna claro na sua cabeça, eis que lhe vem a memoria o diálogo que tinha tido em frente ao seu espelho, respirou fundo, pensou que desta vez conseguiria chegar ao seu destino sem percalços, deu um passo, deu dois e…ao terceiro, volta a cair redondo no chão.
O sofrimento de Chirigumi prosseguiu até que chegou ao café, ele sabia que seria ali o local onde tudo se iria passar, ele sabia que estando ali iria enfrentar a maior batalha da sua vida, abriu a porta, desceu as três escadas de madeira a pique que levavam ao interior do café, caindo redondo no chão do café, mesmo em frente de toda a gente, não se intimidando, levantou-se, dirigiu-se ao balcão, onde uma menina loira, e ocidental, com um olho verde e outro azul o atendeu.
-Em que posso servi-lo senhor? – Perguntou aquela menina misteriosa.
-Quero uma meia de leite, um café, um descafeinado, não muito quentes, nem muito frios, não com muito açúcar nem pouco só mais ou menos.
A menina loira virou-se para ir preparar o pedido de Chirigumi, e este, nesse exacto momento sentiu toda a fúria dentro de si, era certo, o perigo aproximava-se, eles tinham chegado…


ep2




quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Sobrio e não Sobrio

Que ódio enfurecido se debate na alma dos errantes,
São raivas contidas de toda a dor dos amantes,
Que fanáticos me diluem em águas negras e puras,
São homens, são bombas, crenças prestes a rebentar,
Numa vida de ilusão que se averigua triste,
No mundo de desilusão que observa e obceca uma deprimente alma,
Um decadente corpo, ansiando pela maldita e tão bem vida morte.
Sendo assim nada mais que um mero espectro da vida mundana.
Que ódio enfurecido se debate dentro de mim,
São raivas contidas de toda a dor de te amar,
Que fanáticos me iludem em palavras negras e sujas,
São homens, são bombas, prestes a suicidar,
Numa vida de ilusão que se averigua…
No mundo de desilusão petrolifica,
Uma decadente sociedade, ansiando pelo maldito e tão bem vindo apocalipse,
Sendo assim nada mais que um mero espelho de toda a minha alma…
Triste,
Negra,
Isolada.


quarta-feira, 14 de novembro de 2007

O homem que não queria ser herói

Ep1

Estava sentado na cama de pernas para o ar, não se sabe porque é que Chirigumi fazia aquilo, mas o que é certo é que ele se aguentava horas a fio naquela posição sem se mexer um milímetro. Treino que só era quebrado por um berro anti-natura daquele silêncio calmo, proferido pela mãe de Chirigumi.
-Chirigumi vai fazer a tua cama – berrava a mãe de Chirigumi com toda a sua força por entre a porta do quarto.
Chirigumi levanta-se daquela sua posição, fica uns cinco minutos a olhar para a cama, sem fazer qualquer movimento, até que num despertar raivoso, baixa-se, mete a mão debaixo da cama, e retira um saco cama, enrola-o e, mete-o dentro do guarda-fatos.
Chirigumi dirige-se para o espelho que tem em frente do lado direito da porta de saída do quarto, porta essa que mal se abria, ninguém entrava no seu quarto e das poucas vezes que aquela porta se abria era quando Chirigumi entrava ou saia, o que raro, uma vez que Chirigumi pouco saia do quarto.
Chirigumi em frente ao seu espelho trava o diálogo da sua vida.
-Eu não quero ser um Super Herói – Gritava desesperantemente e em soluços de choro Chirigumi.
-Mas tens de ser, tu tens uma missão especial…


Notícias - Forward Magazine

A Forward Magazine, dão em primeira mão a noticia de que este blog como o próprio nome indica é uma revista, logo como tal, vamos começar a apresentar projectos novos, como a magnifica série de o homem que não queria ser herói, que a Frorward Magazine se orgulha de publicar em primeira mão um episodio todas as quartas-feiras. Devido as imensas cartas, que temos recebido aqui na redacção, deixamos já a noticia que outros dias dedicados aos mais variados temas serão escolhidos a dedo para a publicação dos mesmos.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Radiohead - In rainbows

Aqui esta o novo álbum dos Radiohead, chama-se In Rainbows e as dezoito músicas que o compõem estão disponíveis no site oficial da banda, onde os fás pagam o que entendem que devem pagar ou mesmo se devem pagar para o adquirir, a edição nas lojas trará muitos extras desde um vinil a um DVD que custara nada mais nada menos com 40 libras ou seja por volta de 60 euros, mas por agora podemos apreciar já as novas grandes músicas dos Radiohead,
Quando começarem ao ouvir e acharem que o álbum se assemelha ao amnesiacc é puro engano. É verdade que as primeiras duas músicas não são aquilo que esperávamos deles, a 15 Step e a Bodysnatchers estão muito aquém da magnificência da banda, mas acaba por aqui a menor inspiração da banda. Pois o resto do álbum até a decima música, Nude, Weird Fishes, Faust Arp, Reckoner, House of Cards, Jigsaw Falling Into Place e Viodeotape são extraordinárias, rock aliado a violinos e violoncelos entre outros instrumentos que fazem toda uma orquestra. Com especial destaque para as Faust Arp, House of Cards e Jigsaw Falling Into Place. As restantes oito músicas oscilam em três fases, o banal em músicas como MK1, Go Slowly e MK2, passando depois para um estilo mais alternativo e bastante melhorado como o que esta presente nas músicas Last Flowers, Down is the New Up, Bangers and Mash e culmina com o génio dos Radiohead ao mais alto nível em Up on the Ladder decima sexta música do álbum e 4 Minutes Warning a fechar o álbum onde podemos ouvir Tom ao piano e a cantar, com Colin a tocar guitarra acústica, Ed a tocar pandeireta e o John a mandar trancadas na guitarra eléctrica.
Com isto não podemos nunca dizer que o álbum dos Radiohead é mau, muito pelo contrario, esta banda há muito que não sabe fazer nada mal, mas não é um álbum consistente, pois damos connosco a perguntar-nos quando chega a Faust Arp ou a House of Cards e a Jigsaw Falling Into Place ou até mesmo ansiando pelo final do álbum para ouvirmos a Up on the Ladder e a 4 Minutes Warning.
Posto isto apenas vos posso desejar uma óptima sessão de música na companhia dos Radiohead e o seu novo álbum in Rainbows.





quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Mika - Life in cartoon motion

Stuck in the Middle é uma música do Mika do seu primeiro e único álbum life in cartoon motion. Este título é exactamente o que se passa com este artista, esta “stuck in the middle” de ser um grande fracasso ou um grande artista.
Metade deste álbum remete-se a uma vertente pop comercial, a começar na Grace Kelly, passando pela Lollipop, Love Today, Relax, Big Girl, e a própria Stuck in the Middle. Com influencias do Elthon John ou até das Chiquititas. Contundo já nestas músicas, deixa o seu traço a Freddy Mercury, com mudanças de voz e ritmos fantásticos, e, esse consagrar parte então na música Any Other World, com violinos, violoncelos e uma letra maravilhosa a culminar com um couro a Sufjan Stevens, segue-se a música Billy Brown e termina com a Happy Ending onde após pensarmos que voltou ao pop apesar de um pouco melhorado, surpreende-nos então com um final de álbum angelical com uma música que foi como disse o próprio Mika: “ O seu primeiro demo”. Chama-se Over my shoulder e é um hino a música alternativa.
Life in Cartoon Motion acaba por não ser um álbum completamente pop daquele que só se ouve no verão mas também não chega a ser uma grande álbum. Podemos então dizer que Mika deixa no ar a expectativa de ver se no seu segundo álbum vem totalmente pop ou totalmente alternativo.







sexta-feira, 13 de julho de 2007

Harry potter e a ordem da Fênix

Depois de ter presenciado o retorno de Lord Voldemort no final do seu quarto ano, o quinto ano de Harry Potter inicia-se de forma confusa, onde Harry não sabe o que vai acontecer, agora que seu arqui-inimigo voltou. Depois de um ataque de dois dementores, Harry é levado da casa dos Dursley à sede da Ordem da Fênix para descobrir que o mundo mágico não quer aceitar o fato de que Voldemort está na activa outra vez. Tentando desacreditar Harry e Dumbledore, o Ministério da Magia passa a interferir em Hogwarts, colocando dentro da escola uma Alta Inquisidora, Dolores Umbridge. Mas não vai ser tão fácil assim. Enquanto Harry e seus amigos tentam se defender da ofensiva do ministério criando um pequeno exército (Armada de Dumbledore), todos têm de lidar com algo muito sério: Voldemort esta de volta.
Este quinto filme da heptalogia, peca em todos os aspectos, começando pela substituição do guionista dos quatro filmes anteriores Steve Kloves pelo Michael Goldenberg, nada contra o senhor excepto o péssimo guião apresentado neste filme, mal retirado do livro, com falhas impressionantes e de extrema importância para a compreensão do filme, ou seja quem não leu o livro e só se tem baseado nos filmes, com este ficou sem perceber nada de nada. A realização do David Yates foi como assim dizer por agua abaixo com aquele guião, mas não é apenas motivo para uma realização tão fraquinha, a intrepretação dos actores? Foi horripilante de tão mau que está, ninguém puxou por eles, foram demasiado expostos sem nenhuma protecção por parte de quem os dirigia. A J.K Rowling se viu as filmagens não percebeu o que estava ali a ser feito, se não viu e só agora em cinema presenciou o filme, deverá passar a exigir mais empenho e até da parte dela estando presente e ajudando quem está a filmar assim como quem faz o guião
.






sexta-feira, 6 de julho de 2007

The Arcade Fire - Neon Bible

Este segundo e último álbum dos The Arcade Fire, transporta-nos para outro nível de rock, músicas com uma sonoridade muita própria da era Neoclássica, eles que gravaram numa igreja e tiraram grande partido dos elementos religiosos, contundo quem ouve este álbum não deixa de sentir por detrás de todos estes arranjos, uma banda de rock pronta a cerrar os dentes e a tocar com todas as suas forças até a exaustão.
Este é um álbum que nos faz vibrar, rir, chorar, gritar de alegria ou até tremer de medo de tão obscuras que algumas músicas chegam a ser. Pois é! Este álbum é uma montanha russa de sentimentos que se abrem a cada música que vai passando e nos vai envolvendo.
Este disco, Neon Bible não é melhor que o Funeral, mas também não é pior, é simplesmente diferente é simplesmente genial.









domingo, 1 de julho de 2007

Ratos e Homens

Ratos e homens, foi publicado em 1937, este livro de John Steinbeck conta a história de dois homens que vivem de trabalhos da terra. Contundo devido a derivadas peripécias nunca se aguentam demasiado tempo no mesmo sítio, adiando assim o sonho de ter a sua própria quinta. As personagens são algo cómicas, e o livro desenrola-se nesse aspecto durante algum tempo, principalmente em Lennie o mais cómico dos dois, contudo a evolução do livro e da historia faz com que esta mesma vá ficando mais seria, retratado o simbolismo da amizade, e a linha ténue que há entre dois amigos, o diálogo e o respeito pela vida seja ela de homens ou de ratos são os elementos finais deste livro. Surpreendente, cómico e dramático.






Shrek - the Third

Shrek três ou Shrek the Third, apresenta-nos uma historia hilariante, que começa quando o sogro de Shrek o sapo Harold, fica doente e deixa o reino de muito muito longe, entregue aos herdeiros directos, Shrek e Fiona, nesse curto espaço de tempo em que casal de Ogres assume o comando do reino, Shrek fica consciente desde logo que governar não é para si. Tudo se complica quando o sapo Harold morre e pede para ser Shrek a governar, este que não quer deixar o seu pântano para ter tamanha responsabilidade vai tentar encontrar um herdeiro a altura.
Shrek the Third apresenta-nos um contexto diferente ao qual estamos habituados, e a historia é também um pouco mais complexa que muitas outras que passam nos grandes ecrãs, o filme desloca-se a um grande ritmo não parando um segundo, mantém-se assim na senda dos dois primeiros, sendo até mesmo das poucos trilogias do género que consegue exibir-se a alto nível, após o falhanço de muitos outros como o Super-Homem, o Pirata das Caraíbas e até mesmo o Homem-Aranha. Por isso parabéns Shrek.







segunda-feira, 25 de junho de 2007

Nacho Libre

Nacho libre é o novo filme de Jack Black, que aqui representa como principal figura, um jovem cozinheiro de um mosteiro chamado, Ignácio que tinha um sonho desde pequeno, ser Nacho el luchador. Para concretizar esse sonho vai ter a companhia de Ezqueleto (Héctor Jiménez). Ambos formam uma dupla de risota imparável, com peripécias hilariantes e uma cómica sátira a luta livre. O roteiro contudo acaba por ser pouco elaborado e um pouco previsível. Mas é um filme ideal para se ver aos domingos em família.








sexta-feira, 15 de junho de 2007

Trinity Blood

O armageddon…o mundo como o conhecemos nos dias de hoje já não existe, encontrando-se divido em dois: no domínio do Vaticano e no domínio dos Vampiros.
Os humanos alimentam-se dos animais e os vampiros alimentam-se dos humanos, nesse caso, deverá existir alguém que se alimente do sangue dos vampiros. A resposta é: Crusnick, vampiros que se alimentam do sangue de vampiros.
Num mundo pós-apocalíptico, com um domínio ambíguo entre Humanos e Vampiros, Trinity Blood é uma série que mistura esses eventos num estilo clássico, fazendo desta uma das séries mais belas em aspecto gráfico e das mais originais, pelo argumento.
O Padre Abel Nightroad encontra-se ao serviço do Vaticano, integrando uma equipa de elite que combate vampiros que quebrem os tratados de paz existentes.
Numa demanda para proteger o Vaticano e, também, para resolver os dilemas do seu passado, o Padre Abel Nightroad, libertará os seus poderes, como o último Crusnik ainda vivo…
Está é uma das séries mais espectaculares e emocionantes que, jamais, foram criadas, aliando de forma soberba aspectos clássicos num mundo pós-apocalíptico. Alguns dos momentos que ficam na memória são as transformações de Abel Nightroad, ou as suas batalhas contra as temíveis forças da inquisição.
Poderia ter sido uma das melhores animes de todos os tempos, porém, a morte do seu jovem autor aos 33 anos, impediu que a série progredisse, tendo-se ficado pelos 24 episódios, que não são suficientes para desvendar todos os segredos desta série, deixando todos os seus fãs com uma sensação de amargo, por não poderem ver o fim desta impressionante série.







sábado, 9 de junho de 2007

Flyboys-Nascidos para voar

Flyboys é um filme baseado numa história verídica, e retrata o 1º esquadrão de pilotos americanos. Em 1917 durante a primeira guerra mundial, 38 jovens alistam-se para aprenderem a voar, ajudando em combate os franceses. Cada jovem tem um motivo diferente que o leva a alistar-se. Contudo este filme acaba por entrar em rótulos de outros tantos filmes de guerra, a história que no inicio até parece ser bastante interessante acaba por se perder em clichés deixando o espectador com desejo de mais. Este filme de Tony Bill tinha a obrigação de ser algo mais e melhor.






sexta-feira, 8 de junho de 2007

Yakitate Japan

“Existe pão inglês, alemão e francês, mas pão japonês; Japan não existe. Assim sendo não há outra escolha senão criá-lo." Esta história é uma biografia séria de um rapaz que possui mãos solares, Azuma Kazuma, que irá criar um pão japonês feito por e para os japoneses, que poderá ser apresentado com orgulho ao mundo.
Este é o mote de uma das mais divertidas séries de anime japonesas que jamais foram criadas. Na sua jornada para realizar o seu sonho de criar um pão típico japonês, Azuma Kazuma, junta-se à maior padaria japonesa, que possui inúmeras filiais por todo o Japão, a Pantasia e aí descobre que o caminho a percorrer para realizar o seu sonho não será fácil. A história de Yakitate Japan decorre em três “arcs”,( ou três partes). O primeiro “Arc”, é o “Exame de Qualificação de Pantasia”, no qual Azuma vai defrontar outros jovens padeiros de várias filiais de Pantasia de forma a tentar decidir qual é o melhor jovem padeiro do Japão.
O segundo “Arc” decorre na Europa, mais precisamente, no Mónaco, onde os três melhores jovens padeiros do Japão irão defrontar os melhores jovens padeiros de todo o mundo.
O terceiro e último “Arc”, decorre novamente no Japão, mas desta vez a competição não se restringirá aos jovens, mas sim a todos os mestres padeiros que forem convidados a participar no torneio.
Esta série prima pela animação e pelo estupendo sentido de humor, sendo que os momentos mais divertidos são os de avaliação dos pães por parte dos juízes. As suas reacções podem variar entre provar um pão e visitar o Céu por alguns minutos ou, então haver uma “transformação”, numa clara paródia ao popular DragonBall Z. Esta série parodia, ainda, com outras séries populares de anime como Naruto ou One Piece.Pela sua qualidade de desenho, pelo seu humor irreverente, pelo seu leque de personagens absolutamente fantásticos, esta é uma série absolutamente obrigatória para todos os que apreciam anime e gostam de rir sem parar.









segunda-feira, 4 de junho de 2007

Seom - The isle

Os filmes e os realizadores asiáticos têm vindo a surpreender-nos cada vez mais com as suas ideias inovadores e cheias de suspense. Seom não foge a regra, este filme de Kim Ki-duk retrata a historia de uma mulher que deixa de falar depois de perder a inocência, e se refugia numa ilha onde dá bebidas aos pescadores e os consola, juntamente com outras mulheres, esta rotina acaba por ser quebrada com a chegada de um pescador com vontade de se suicidar, que se tornará o seu amante, mas este amor será suficiente para dar um novo significado a vida? O final é inesperado, violento e arrepiante com muitos anzóis a mistura.