quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

O homem que não queria ser herói

ep8

Após dizer isto, levanta-se daquela sua estranha posição, e dirige-se de imediato para o espelho que parecia chamar por ele.
- Eu não quero ser um super herói! – Gritava desesperantemente e em soluços de choro.
- Mas tens de ser, tu tens uma missão especial.
Após este diálogo retoma a sua caminha, abre a porta que está logo ao lado do espelho, e encaminha-se para a porta de saída, de três em três passos a pinguim, sempre a cair, lá consegue chegar a rua.
Tokyo continuava igualmente movimentada, Chirigumi volta a hesitar, mas lembrando-se da conversa que havia tido em frente ao espelho prossegue a marcha.
Chegando ao café, avistando as escadas a pique, Chirigumi avista também logo no seu olhar, aquela linda e esbelta menina loira. Desces as três escadas, espalhando-se no chão do café. Levanta-se de imediato, e vai logo ao balcão onde aquela menina nova e com um olho azul e outro verde o atende de imediato.
- Em que posso servi-lo senhor? – Perguntou aquela misteriosa menina com uma voz doce, tão doce que pareça envolver Chirigumi em sensações desconhecidas.
-Quero uma meia de leite, um café, um descafeinado, não muito quentes, nem muito frios, não com muito açúcar nem pouco só mais ou menos.
A menina virou-se para ir preparar o pedido especial de Chirigumi, quando este começou a sentir aquela força maquiavélica a sua volta, começou a sentir toda a fúria a crescer dentro dele. Olhou a sua volta, na mesa do café estavam os mesmos velhos a jogar o mesmo jogo, sentados na mesma mesa, a falar aquela mesma língua de sempre, posto isto olhou para as casas de banho e não viu o garoto, apenas uma mulher japonesa de vinte e poucos anos, com um lindo vestido vermelho, um cabelo preto comprido, e uma cara de boneca de porcelana, tão hipnotizaste como aterradora, assaltava o olhar de Chirigumi.
Tudo a sua volta já se havia formado em sombras, menos ela, menos aquele vestido vermelho, menos aquela cara branca como a cal, menos aqueles lindos olhos cor de avelã.
Chirigumi havia-se esquecido das sombras, dos medos, de tudo, e…quando despertou, estava já completamente rodeado por aquelas sombras negras sem forma definida.
Despegou o olhar da rapariga de vestido vermelho, olhou para o balcão, onde uma luz amarela muito forte parecia iluminar-lhe o caminho. Chirigumi começou a andar o mais rápido que podia, no seu jeito a pinguim, deu um passo, deu dois, deus três, deu quatro, cinco, começou a subir as escadas e saiu do café sem cair.
Chirigumi estava assustado consigo próprio, mas continuou a andar naquele ritmo acelerado. Tokyo não era mais que um conjunto de sombras.
Chirigumi acelerou tanto que a meio do caminho já ia a correr, já havia deixado o seu jeito a pinguim, e corria como um verdadeiro atleta.
Chegou a casa, abriu a porta, verificou se não havia ninguém, e foi para o quarto, passou o espelho que desta feita não era mais que uma mera sombra, apalpou até encontrar o guarda-fatos, onde apenas viu uma luz verde a brilhar, pegou nela, apalpou tudo até chegar encontrar a cama, foi para debaixo dela, meteu-se dentro da luz verde, cobrindo-se até ao nariz, pegou na lanterna, meteu ao pé nariz, apontada para cima e ali ficou, não a pensar nas sombras, nem como havia conseguido correr. O único pensamento de Chirigumi era direccionado para aquela linda rapariga de vestido vermelho.


1 comentário:

Anónimo disse...

bm...só tve tempo pa ler agr tdos os episodios... Já tnh lido o primeiro mx os restantes só o fiz agr. O k achei...sinceramente acho que estão tdos mto bm e tens axim uma imaginação enorme!!! Continua... vou xtar aki pa ver ;)